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Apresentam-se na Biblioteca Pública Municipal de Santiago 3 obras da Rede Galabra a refletir o caso de Compostela

Na quarta-feira 19 de maio de 2021, às 19:30 horas, acontece na Biblioteca Pública Ánxel Casal, em Santiago de Compostela, a apresentação de 3 volumes editados por Andavira e assinados por diversas pessoas da Rede Galabra. Participam, junto com Roberto  Almuíña e Mercedes Vázquez, do associativismo vizinhal, M. Felisa Rodríguez Prado (Galabra – USC) e Roberto Samartim (Rede Galabra – UdC). O aforo máximo permitido é de 20 persoas, estando prevista a transmissão através do Facebook da Rede Galabra.

Na ocasião, vão ser apresentados a obra Bem-estar comunitário e visitantes através do Caminho de Santiago de Elias Torres Feijó (publicada em 2019 e ganhadora da III edição do Prémio de Investigação sobre o Caminho de Santiago da Cátedra do Caminho de Santiago e as Peregrinações da USC) e os 2 volumes de autoria coletiva – o primeiro sob o título A Cidade, o  Caminho e Nós e o segundo intitulado Visitar, Comerciar e Habitar a Cidade – que, assinados por membros da Rede Galabra, dão conta do desenvolvimento de um projeto expositivo e de participação social realizado em Compostela .

Nestas obras encontram-se refletidos resultados de uma pesquisa que, liderada pelo grupo Galabra da Universidade de Santiago de Compostela, se estendeu ao longo de mais de uma década, para conhecer o(s) modo(s) em que o Caminho de Santiago tem impactado na cidade. Boa parte dos resultados aqui apresentados baseia-se na exploração dos dados reunidos através de mais de 3.000 inquéritos realizados em Santiago de Compostela e na sua área metropolitana entre janeiro de 2013 e abril de 2019; a eles juntaram-se elementos retirados de encontros com grupos de interesse ou de mesas redondas com participação de grupos políticos, associações vizinhais, associações de empresários ou representantes sindicais, entre outros.

Este volume trata da comunidade local e da sua relação com visitantes em dimensões culturais. Foca-se no caso de Santiago de Compostela e as relações estabelecidas entre a sua comunidade e o conjunto de visitantes no quadro do predomínio do conceito e instituição Caminho de Santiago. Coesão social, identidades, espaços, consumos… perpassam o livro, onde se formulam ideias sobre o funcionamento das comunidades, como podem relacionar-se a elaboração e a transmissão de ideias sobre a cidade, através de grandes narrativas e diversos produtos culturais, com as práticas culturais de visitantes e a afetação das pessoas residentes. E alguns desafios presentes e futuros…

Santiago é agora mais a cidade do Caminho e menos a cidade capital, patrimonial, cultural, universitária?
A Cidade, o Caminho e Nós  tenciona contribuir para responder diversas perguntas relacionadas com Santiago de Compostela e as suas gentes: como somos, como nos vemos, como vemos quem nos visita e como estas pessoas nos vêem. Inclui a síntese das diversas perspetivas manifestadas em oito mesas redondas de representantes da cidadania que acompanharam o projeto expositivo que dá título a esta obra, junto com as motivações de um trabalho divulgativo deste tipo.

O volume Visitar, Comerciar e Habitar a Cidade quer dar conta das 3 exposições temáticas que, inscritas no projeto expositivo geral “A Cidade, o Caminho e Nós”, serviram para pôr em conhecimento da cidadania compostelana (entre outubro de 2019 e janeiro de 2020) as diversas visões de Santiago e as diferentes imagens e práticas de visitantes, habitantes e comerciantes. Ajudando a identificar os impactos – quer positivos, quer negativos –  na comunidade local compostelana, colocam-se questões de relevância para formar opinião informada sobre a transformação experimentada por Santiago de Compostela nos tempos mais recentes e para se pensar a cidade e a comunidade para o futuro.

Nas 3 obras encontram-se resultados da pesquisa realizada no quadro do projeto “Narrativas, usos e consumos de visitantes como aliados ou ameaças para o bem-estar da comunidade local: O caso de Santiago de Compostela” (FFI2017-88196-R), que conta com financiamento do Ministerio de Economía, Industria y Competitividad, a Agencia Estatal de Investigación e os Fundos FEDER.

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